quinta-feira, 17 de setembro de 2020

FURG assina declaração internacional para proteção de baleias e golfinhos ameaçados de extinção

Pesquisadores da universidade gaúcha integram grupo de 270 especialistas, que apelam para uma ação global

Duzentos e setenta especialistas em cetáceos de todo o mundo assinaram uma declaração aberta aos líderes globais apelando à ação para resolver urgentemente a situação precária de muitas populações de baleias, botos e golfinhos (conhecidos coletivamente como 'cetáceos'), muitos dos quais enfrentam ameaças de extinção devido a interações com atividades humanas, como captura acidental em petrechos de pesca, poluição química e sonora, aquecimento global e colisões com embarcações. Pesquisadores da FURG também estão entre os integrantes do manifesto, que ganhou versão trilíngue.

[...] Natacha Aguilar de Soto, da Universidad de La Laguna (Espanha), acrescenta: “Precisamos reconhecer que as baleias e os golfinhos são essenciais para manter a saúde dos ecossistemas marinhos e, com isso, a saúde do planeta e nossa própria segurança. Os oceanos são o primeiro controlador das mudanças climáticas e a principal fonte de proteína para milhões de pessoas em todo o mundo. As baleias fertilizam os oceanos e assim aumentam a produtividade do fitoplâncton, que consome 40% do dióxido de carbono que os humanos liberam para a atmosfera, produz metade do oxigênio que respiramos e é a base das teias alimentares marinhas. Salvar as baleias não é idealismo, é salvar nosso planeta e a nós mesmos”, declara.

Veja a notícia completa em: 

Fonte: 

Documentários abordam impactos de atividades petrolíferas e situação das mulheres pescadoras

Produções são parte de pesquisa da FURG que realiza mapeamento de conflitos ambientais no litoral fluminense

Uma pesquisa conduzida pela FURG no litoral do Rio de Janeiro ao longo dos últimos três anos, agora, prestes a chegar ao seu final, apresenta os resultados à comunidade sob a forma de documentários. Até o momento, são duas produções audiovisuais, uma centrada nos impactos de atividades econômicas sobre comunidades pesqueiras artesanais e outra sobre as questões enfrentadas especificamente pelas mulheres pescadoras. Os documentários estão disponíveis no YouTube e também na programação da FURG TV. A equipe agora trabalha em mais produções audiovisuais.

O projeto em documentário: O projeto “Avaliação de Impacto Social: uma leitura crítica sobre os impactos de empreendimentos marítimos de exploração e produção de petróleo e gás sobre as comunidades pesqueiras artesanais situadas nos municípios costeiros do Rio de Janeiro” é conduzido no Laboratório Interdisciplinar Maréss , no Campus São Lourenço do Sul. As pesquisas do laboratório se dedicam a mapeamento em ambientes, resistência, sociedade e solidariedade.

Impactos na pesca: o projeto em documentário apresenta, em 20 minutos, depoimentos de pescadores e pescadoras sobre os impactos da produção de petróleo e gás e também do turismo sobre as comunidades pesqueiras artesanais do Rio. Além disso, professoras e pesquisadoras da FURG e de outras instituições contam sobre a realização da pesquisa e a elaboração de Projetos de Educação Ambiental (PEA) e Planos de Compensação da Atividade Pesqueira (PCAP). A produção está disponível no YouTube e também pode ser conferida abaixo.

“O nosso objetivo é olhar de forma mais específica para os impactos indústria do petróleo sobre os pescadores artesanais, para daí propor melhorias, ao mesmo tempo em que olhamos para as medidas que são exigidas no licenciamento, que hoje têm esse objetivo de mitigar os impactos sociais”, explica a coordenadora do projeto, Tatiana Walter. A pesquisa, que envolve uma grande equipe, é realizada no Rio de Janeiro, com recursos de um Termo de Ajustamento de Conduta do Ibama e Ministério Público Federal como medida compensatória da empresa Chevron pelo derramamento de petróleo no campo de Frade, na Bacia de Campos, em 2011.

Do litoral fluminense, o trabalho também reverbera no sul: “O recorte da pesquisa é com pescadores do Rio de Janeiro, mas quando começamos a trabalhar, desenvolvemos uma metodologia que é pertinente para todo o litoral brasileiro. A ideia é trazer isso aqui para o litoral do RS e também para a Lagoa dos Patos”, projeta Tatiana.

“Mapeamento de conflitos ambientais não é uma coisa nova, mas trouxemos elementos específicos para pensar a questão da pesca”, conta a coordenadora do projeto. Ela completa: “O objetivo da pesquisa é o de aprimorar a avaliação de impacto ambiental por meio de uma análise crítica sobre os impactos gerados aos/as pescadores/as artesanais pela indústria do petróleo e das medidas destinadas à mitigá-los”. A equipe elaborou um mapeamento dos conflitos ambientais que impactam pescadores, que pode ser acessado aqui, num mapa interativo. O banco de dados elaborado para a pesquisa também tem acesso aberto, disponível no site do Laboratório Maréss. 

“Uma das metas é a divulgação dos resultados não só para o público acadêmico, mas também para gestores de políticas públicas e a sociedade em geral. E aí surgiu a ideia de fazer os vídeos”, conta Tatiana. Para isso, foi contratada a pesquisadora e produtora audiovisual Rachel Hidalgo. Paulista, de Santos, Rachel veio a Rio Grande para cursar o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da FURG, em que hoje é doutoranda.

 “Eu faço parte do coletivo Noise, da Baixada Santista, desde antes de me mudar para Rio Grande e continuo trabalhando com eles. Quando a gente começou a pensar a gravação no Rio, entramos em contato com uma produtora pequena de Niterói, a Portal. Depois, os materiais foram editados por mim. São todas produtoras independentes que fomos envolvendo para tornar possível a produção”, relata Rachel.

 Mulheres pescadoras

 Se o primeiro documentário teve como objetivo contar sobre a pesquisa, no segundo, entra em cena outra questão: dar visibilidade às mulheres pescadoras. Esse não era um dos objetivos da pesquisa, mas, percebido, ganhou relevância e resultou na produção Eu sou pescadora, também disponível no YouTube. “Buscamos com um grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro mostrar o trabalho das pescadoras e dar visibilidade a isso. Porque grande parte do impacto que elas sofrem são oriundos dessa falta de reconhecimento da atividade pesqueira”, lembra Tatiana Walter.

 Além de mulheres do litoral fluminense, figuram na produção mulheres gaúchas. “Quando a gente foi construir o documentário pensamos em trazer também o relato das mulheres do Sul, com as quais a gente já trabalha em outros projetos.  A ideia é que a gente construa esses documentários, mas que não fiquem restritos à pesquisa e não fiquem datados. Quisemos dar uma maior temporalidade, para que sirvam para quem, por exemplo, quer trabalhar com gênero e pesca. Queremos que o vídeo possa ser usado em reuniões, disciplinas, atividades”, conta Tatiana.  

 Rachel, a realizadora audiovisual, destaca que a história das mulheres pescadoras é contada essencialmente por mulheres, comunicadoras ou pesquisadoras. “Na pesquisa são muitas mulheres. Neste trabalho, como pessoa que está com a câmera na mão, estou produzindo discursos a partir do discurso de outras mulheres – então todos os filtros foram feitos por mulheres.”. Houve participações masculinas também, ela lembra, em etapas como as artes e a finalização do vídeo, mas o principal do trabalho, feito por mulheres.

 O olhar feminino foi fundamental para enxergar as questões que parecem não estar visíveis aos olhos de todos e que são abordadas no documentário. “As pessoas acham que não existe pescadora, acham que a gente é só mulher de pescador”, protesta Viviane Alves, a pescadora que abre o documentário e que é também liderança local em Rio Grande. “Não reconhecem a nossa profissão, seja na saúde, ou na educação. Pensam que é uma vergonha ser pescador ou pescadora, que é uma vida infeliz. Não reconhecem o pescador artesanal. E se não reconhecem o pescador, imagina a pescadora!”.

Viviane começou a pescar junto com o esposo e hoje o filho, de 18 anos, também está na atividade. O preconceito, ela conta ao portal furg.br, não está só na comunidade, mas também entre os que realizam a própria atividade. “Antigamente os homens não aceitavam que a gente fosse ao mar. A nossa classe aqui é muito machista”. No vídeo, Viviane e outras mulheres relatam como enfrentaram o preconceito para se firmarem na atividade e os desafios que seguem enfrentando.

“Para mim ser pescadora significa liberdade. Eu faço meu horário. Vivemos muito bem, não passamos fome, não vivemos de cartão de crédito. Temos a melhor alimentação, porque o melhor peixe sempre vem para casa. A gente não come peixe de gelo”, conta Viviane. O frio traz desafios, assim como a dupla ou tripla jornada, com a atribuição das atividades do lar e da família quase que exclusivamente às mulheres. Ao mesmo tempo em que buscam reconhecimento e garantia de direitos, principalmente na área da saúde, as mulheres pescadoras, conta Viviane, veem a organização trazer resultados. “A gente faz reuniões e hoje tem bastante mulheres. A gente conseguiu trazer mais protagonismo para a mulher pescadora, até para ela se soltar e gritar que é pescadora. Para dar visibilidade e se empoderar. Antes as mulheres não sabiam das leis, se o marido não falava, não sabia”.

Assista aos documentários:

Impactos na Pesca: O Projeto em Documentário: 
https://youtu.be/R3rUy-3TQe0

Eu sou pescadora (2020): 
https://youtu.be/vc6H3DhQHQ0


Revista Diversidade e Educação está com período de submissão aberto



A Revista receberá textos até 30 de setembro.

A próxima edição da Revista Diversidade e Educação, que terá como tema "Dossiê Diversidade, Gênero e Sexualidade nas Políticas Públicas", está com período de envio de textos aberto até 30 de setembro.

Mais informações podem ser obtidas aqui.

Nesse número, a entrevistada será Denise Carreira. A coordenadora institucional da Ação Educativa, Assessoria, Pesquisa e Informação é professora de Política Educacional temporariamente pela Faculdade de Educação da USP. Tem experiência em pesquisa na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas educacionais, direitos humanos, gênero, raça, educação popular, desigualdades educacionais, diferenças e participação na área educacional.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Acolhida Cidadã promove bate-papo sobre desafios e potencialidades dos estudos on-line

 Atividade será transmitida em live no YouTube 
na próxima sexta-feira, 18


A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) promove na próxima sexta-feira, 18, um bate-papo ao vivo com o psicólogo Lauro Miranda Demenech. Ele abordará o tema "Ser estudante universitário no contexto online: desafios e potencialidades". A live integra a programação da Acolhida Cidadã Solidária do Período Emergencial. O evento começa às 18h e poderá ser acompanhado pelo canal da FURG no YouTube.

Demenech é psicólogo e mestre em Saúde Pública pela FURG. A atividade tem previsão de 1h30 de duração, e a mediação da sala será realizada pelas pedagogas da Prae Joice Maurell e Daniele Jardim.

De acordo com a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Daiane Gautério, a Acolhida Cidadã Solidária prepara outras atividades para o período. "Mesmo em período emergencial, o programa se constitui como espaco de integração, de ações afetuosas e acolhedoras, que facilitem o retorno do nosso estudante à vida acadêmica", comenta.

Estudantes e docentes da FURG voltaram a se encontrar esta semana, dando sequência, de forma online, às atividades do primeiro semestre de 2020. A universidade aprovou, no fim de julho, o Calendário Emergencial 2020-2021 e, recentemente, atualizou seu Plano de Contingência que mantém as aulas remotas até o final deste ano.

Fonte: https://www.furg.br/noticias/noticias-institucional/acolhida-cidada-promove-bate-papo-sobre-desafios-e-potencialidades-dos-estudos-online

Educomunicação em tempos desafiadores


Aula aberta e pública da disciplina Educação, Ambiente e Cinema (UFRJ).

Participação especial do Prof. Dr. Claudemir Viana (USP), Rafael Nogueira Costa (Nupem/UFRJ) e Bárbara Dias Ferreira (PPGCiAC/UFRJ).

 Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=2PSTEdhHBJE