A Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), a Associação Alternativa Terrazul e Teia Carta da Terra Brasil propõem, como evento paralelo ao VIII Congresso Lusófono de Educação Ambiental, o I Encontro Lusófono da Carta da Terra (CT). A CT é um compromisso que começou a ser idealizado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 e, após inúmeros rascunhos e contribuições de pessoas de todas as regiões do mundo, a Comissão Internacional da Carta da Terra entrou em consenso em março de 2000 sobre a escrita final da CT, numa reunião realizada na sede da UNESCO em Paris. Em seguida, a CT foi lançada formalmente em 29 de junho de 2000, numa cerimónia no Palácio da Paz em La Haya. Assim, apresentando uma visão ética, ela afirma uma pedagogia socioambiental, reconhece os princípios básicos, interdependentes e indivisíveis de uma civilização planetária, ainda utópica, mas que aspira promover em escala mundial. A CT é um instrumento educativo de promoção de sociedades ambientalmente responsáveis e socialmente justas a nível mundial e o seu objetivo é inspirar a humanidade através dos seus códigos de conduta. Na CT observa-se uma base holística e espiritual que norteia a essência humana para uma realidade mais digna e justa. Um de seus trechos, afirma: “A humanidade é parte de um vasto universo em evolução”. No final deste mesmo parágrafo, completa: “A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado”. O objetivo do I Encontro Lusófono da CT é marcar a celebração dos 25 anos da CT, criando um espaço de sinergia e diálogo em torno deste documento orientador que integra e articula os princípios e fundamentos da Educação Ambiental. Neste encontro é esperada a participação de cerca de 100 pessoas, tanto que já conhecem e trabalham com a CT, como que tenham interesse em conhecê-la melhor. O Encontro é pensado para ter uma programação de 8h, incluindo: abertura pela secretaria internacional da CT, mesas de diálogo com apresentação do estado da arte da CT nos diferentes países lusófonos (percursos, ações e protagonistas), partilha de recursos pedagógicos, sessões de formação teórico-práticas (metodologias para trabalhar a CT) e intervenção cultural.